Sexta-feira, 29.03.13

Frei Bento Domingues, comentando a situação do país e o papel da igreja perante a austeridade, declara: perante tanta injustiça, a insurreição acontecerá. 



publicado por omeuinstante às 21:13 | link do post

Domingo, 17.06.12

Na sua crónica de Domingo, Frei Bento Domingues diz-nos que há escritores que procuram no silêncio a profundidade da existência. Destaca Etty Hillesum, uma judia holandesa, morta em Auschewitz aos vinte e oito anos. Frei Bento Domingues transcreve, no Público, fragmentos do seu Diário (1941-1943); fragmentos que dão conta da resistência à humilhação que os nazis procuravam impor aos judeus

(...) Podem tornar-nos as coisas algo complicadas, podem roubar-nos alguns bens materiais, alguma aparente liberdade de movimento, mas somos nós que cometemos o maior roubo a nós próprios.(...) Bem podemos, às vezes, sentirmo-nos tristes e abatidos por causa daquilo que nos fazem, isso é humano e compreensível. Porém, o maior roubo que nos é feito somos nós mesmos que o fazemos. Eu acho a vida bela e sinto-me livre.






publicado por omeuinstante às 19:00 | link do post

Domingo, 11.12.11

Belo texto de Frei Bento Domingues, hoje, no Público.

(...)

Se a poesia é a única prova concreta da existência do ser humano como humano, a música é a alma de toda a poesia, presente, aliás, no ritmo de todas as artes que verdadeiramente o sejam. Como linguagem suprema da transcedência humana, rasga o tecto do mundo, expõe-se ao sopro divino, religação do céu e da terra.
 M. S. Lourenço sustenta, nos Degraus do Parnaso, que a literatura, entendida como incluindo a poesia e a prosa, tem a tarefa de nos levar até à fronteira do inexprimivel. Para ele, o problema subjacente consiste em que a linguagem, de que a literatura é a arte (no sentido em que a música é a arte do som), funciona dentro de limites que não podem ser ultrapassados. Isto leva a que a linguagem não seja capaz de representar completamente todo o âmbito da experiência. Existe, assim, uma parte da experiência que não é representável linguisticamente, logo literalmente.
 Este poeta chama inexprimivel a este domínio da experiência linguisticamente inacessível. A grandeza relativa da arte da linguagem pode, justamente, medir-se pela sua capacidade de levar o leitor à intuição desse domínio, embora dele não possa ser feita qualquer descrição. O verdadeiro artista é aquele que encontrou expressão simbólica da experiência transcendente.
 Por este caminho, M. S. Lourenço colocou a questão das fronteiras entre a literatura e a religião. Tem defendido a ideia de que o oculto religioso não existe incondicionalmente e que a expressão da experiência religiosa é condicionada pela formulação literária que a descreve, uma vez que esta é o veículo da asserção religiosa. Neste sentido, uma doutrina religiosa é apenas tão verdadeira quanto o for a formula literária que a transmite. 
(...) 



publicado por omeuinstante às 15:05 | link do post

Domingo, 24.07.11

Não existe sagrado fora do homem.

Frei Bento 



publicado por omeuinstante às 14:01 | link do post

Domingo, 03.10.10

A má-língua nada tem a ver com o espírito crítico, que se caracteriza pela capacidade de ver, analisar e avaliar, isto é, saber destrinçar para decidir segundo todos os dados recolhidos. A má-língua é derrotista e paralisante. O espírito crítico, pelo contrário, (...) levanta questões que, pondo em causa falsas evidências, abrem caminho à investigação do desconhecido.

Frei Bento Domingues, Público



publicado por omeuinstante às 18:47 | link do post

Domingo, 26.09.10

Embora ateia, leio com gosto Frei Bento Domingues.

Retive a frase que citou hoje, no Público, arrancada aos ensinamentos da parábola de S. Lucas:

 

Quem é fiel nas coisas pequenas também é nas grandes; e quem é injusto nas coisas pequenas também é injusto nas grandes.



publicado por omeuinstante às 19:30 | link do post

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Sem a música, a vida seria um erro. Nietzsche
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