Exposição histórico-retrospectiva "Da Alemanha, 1800-1939: De Friedrich a Beckmann",
Ao todo, são duas centenas de obras distribuídas por três núcleos temáticos: Apolíneo e Dionisíaco; A Paisagem como História, de Caspar David Friedrich a George Grosz; Ecce-Homo, Humano-Desumano. Começa sob os auspícios de Goethe e Nietzsche, e de um lugar simultaneamente temporal e geográfico que tanto vai beber à estética Grécia clássica como ao desejo de um presente germânico-alemão. Gottlieb Schick, Moritz von Schwind, Friedrich Schinkel, Arnold Böcklin, Hans von Marées, Franz von Stuck e os já referidos Caspar David Friedrich e Max Beckmann são os artistas em cena.
O desejo de erigir a pintura da Paisagem em pintura da História, fazendo da natureza a protagonista maior desta arte, é o denominador comum do segundo núcleo, com obras de Jacob Philip Hackert, Joseph Anton Koch, Carl Gustav Carus, Philip Otto Runge, Paul Klee, Otto Dix, Franz Radziwill e George Grosz, além de uma grande sala dedicada a Friedrich.
Finalmente, Ecce Homo, na sua dupla dimensão humano-desumano, abre com a famosa tela de Adolf Friedrich Erdman von Menzel, A Forja (1872-75), elogio dos novos ciclopes, os heróis do trabalho, sobre cujo imaginário se erigiu a Prússia, e atravessa o traumatismo da Primeira Guerra Mundial até ao advento do nazismo e da barbárie. Lovis Corinth, Otto Dix, George Grosz, Christian Schad e Max Beckmann ajudam também a traçar este percurso, que, na história da pintura, desemboca na famosa exposição Arte degenerada, organizada pelos nazis em Munique, em 1937. Bastariam mais dois anos para que nem a Arte nem a História voltassem a ser as mesmas...
Não, não é. Um cachimbo desenhado não é um cachimbo. Não é possível enchê-lo de tabaco e fumá-lo, apesar de sabermos reproduzir as sensações.
Mas vemos um cachimbo.
Através dos sentidos construímos uma imagem representativa da realidade, mas não a realidade. A ilusão dos sentidos é a nossa ilusão.
O Museu Gulbenkian apresenta uma exposição centrada nas representações físicas e simbólicas do Mar ao longo de quatro séculos (séculos XVI-XX). Percorrendo os seis núcleos - A Idade dos Mitos; A Idade do Poder; A Idade do Trabalho; A Idade das Tormentas; A Idade Efémera; A Idade Infinita - observamos a diversidade de cores em que o mar se mostra na pintura ocidental. A não perder.
José Malhoa (1855-1933). "Praia das Maçãs". 1918. Óleo sobre painel de madeira.
Pela arte manifesta-se, também, a indignação com as desigualdades sociais e políticas. O quadro Guernica, pintado por Pablo Picasso, que retrata a Guerra Civil Espanhola, exemplifica significativamente a questão colocada.
Pablo Picasso foi perseguido e preso pelas tropas do general Franco. Ao prendê-lo, perguntaram a Picasso: Quem pintou guernica? e ele respondeu: Foram vocês!
E o mundo continua a pintar; desenfreadamente.
Joseph Wright of Derby, 1768, Experiência com um Pássaro numa Bomba de Ar
O quadro de Wright é um brilhante resumo dos interesses e atitudes característicos de meados do século XVIII: a Idade da Razão. Um grupo de amigos reuniu-se em casa de um deles para assistir a uma dramática experiência científica, demonstrativa do poder do homem sobre a vida e a morte. O pintor mostra-nos uma grande variedade de reacções dos amigos, pelo que o quadro consegue englobar as esperanças e receios da época, e dá-nos que pensar quanto à nossa, ao enfrentarmos as mudanças resultantes das mais recentes descobertas científicas. Wright era um mestre menor, mas aqui produziu sem dúvida uma obra-prima da mais alta qualidade: tecnicamente perfeita, visualmente agradável e moral e intelectualmente provocante.
R. Cumming
Van Gogh inventou o amarelo quando queria pintar e já não havia sol.
Jean-Luc Godard
Campo de trigo e ceifeiro - Van Gogh
Segundo a mitologia grega, é filha de Minos, rei de Creta. Apaixonada por Teseu, ajuda-o a descobrir o caminho no labirinto em que se encontrava o Minotauro, oferecendo-lhe um novelo de fio que ele desenrolou, conseguindo regressar.
Ariadne em Náxos- pintura de John William Waterhouse (escola inglesa do século XIX)
Uma visão que maravilhou o artista, diz-se.
Em pequenas pinceladas, bucólicas, Monet dá-nos um Outono concentrado de arte e natureza.
Entre as margens, em silêncio e solidão, recolhemos uma geografia de emoções.
Um momento que permite compreender que na arte a Verdade não é tudo; a arte é desvelamento da verdade do artista.
A famosa ponte japonesa, retratada por Monet em 45 obras.
Graça Morais, uma das grandes pintoras contemporâneas, foi a vencedora da 6ª edição Prémio de Artes Casino da Póvoa.
Júlio Resende (1917-2011). Um homem universal. Pintor.
Fica a obra.
Ribeira Negra (1984, Porto)
Voo das Aves (1995/96)
sophia de mello breyner andresen