Sábado, 11 de Fevereiro de 2012

Para além da turbulência dos dias, tenho a impressão de escutar o silêncio. Aquele corpo de silêncio que aprisiona a eterna duração do tempo. Como texto. 

 Alentejo



publicado por omeuinstante às 15:07 | link do post

Sexta-feira, 10 de Fevereiro de 2012



publicado por omeuinstante às 20:37 | link do post

Nos agudos cristais do cilício da ausência,

em silêncio rebenta, em silêncio, o teu rosto...


David Mourão-Ferreira, Obra Poética (1948-1988), Presença, p. 92 



publicado por omeuinstante às 12:30 | link do post

 Fotografia de Samuel Aranda

 

A propósito:

Quando as palavras se tornam pouco claras, foco com fotografias. 

Quando as imagens se tornam inadequadas, contento-me com o silêncio.

Ansel Adams ( 1902-1984), fotógrafo americano. 



publicado por omeuinstante às 12:07 | link do post

Na frente do espelho: estamos falidos e indignados. A que se deve o estado actual de tamanha superficialidade actuante?
Lembro-me de ter lido que Bergson (1859-1951), a propósito da delimitação do conceito de consciência- força viva e energia contínua-, assegurou que habita em cada um de nós um eu profundo e vivo e um eu superficial e morto. Duas realidades, uma só pessoa. Muitos portugueses. 



publicado por omeuinstante às 09:00 | link do post

Quinta-feira, 9 de Fevereiro de 2012


publicado por omeuinstante às 20:27 | link do post

A temporalidade refere-se a tudo o que se constitui no tempo e está sujeito às consequências da sua passagem. O carácter precário da existência humana conduz algumas pessoas a pensar que tudo é vão e que a vida não tem sentido. Ora, dar sentido à vida ultrapassa a questão de dar sentido à nossa vida. Dar sentido à vida implica acrescentar valor ao mundo, para além da felicidade subjectiva, como forma de ir resolvendo a questão da finitude; e compreender que a questão do sentido, neste campo, resvala para a esfera da exigência pessoal. 

No poema Tabacaria, Álvaro de Campos filosofa sobre temas da mesma natureza. 

(...)

Ele morrerá e eu morrerei

Ele deixará a tabuleta, eu deixarei os versos.

A certa altura morrerá a rua onde esteve a tabuleta,

E a língua em que foram escritos os versos.

Morrerá depois o planeta girante em que tudo isto se deu.

Em outros satélites de outros sistemas qualquer coisa como gente
Continuará fazendo coisas como versos e vivendo por baixo de coisas como tabuletas,

(...)



publicado por omeuinstante às 09:00 | link do post

Quarta-feira, 8 de Fevereiro de 2012


publicado por omeuinstante às 21:04 | link do post

A Paz não corrompe menos do que a guerra devasta. Quem o diz é o tenso poeta inglês John Milton (1608-1672), autor da grandiosa epopeia O Paraíso Perdido.



publicado por omeuinstante às 17:00 | link do post

Urge, com toda a evidência, revitalizar a intervenção actuante dos homens e das mulheres na esfera pública, espaço de liberdade política e de igualdade. Para não sufocar, a democracia depende de práticas argumentativas e de discursos racionais sobre questões de interesse comum com vista à formação de uma opinião pública esclarecida e crítica. Oferecermos o debate da coisa pública às elites políticas e económicas, tem um preço. Sem ilusões, o estado totalitário está disposto a pagá-lo.



publicado por omeuinstante às 13:36 | link do post

Mas que sou eu então? Uma coisa pensante. O que quer isto dizer?
Quer dizer: uma coisa que duvida, que compreende, que afirma, que nega, que quer, que não quer, que imagina e que sente.

 

 Descartes, Meditações Sobre a Filosofia Primeira. 


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publicado por omeuinstante às 09:00 | link do post

Terça-feira, 7 de Fevereiro de 2012



publicado por omeuinstante às 21:01 | link do post

aberta na tua mão.
Podia ter sido amor,
e foi apenas traição.

É tão negro o labirinto
que vai dar à tua rua. . .
Ai de mim, que nem pressinto
a cor dos ombros da Lua!

Talvez houvesse a passagem
de uma estrela no teu rosto.
Era quase uma viagem:
foi apenas um desgosto.

É tão negro o labirinto
que vai dar à tua rua...
Só o fantasma do instinto
na cinza do céu flutua.

Tens agora a mão fechada;
no rosto, nenhum fulgor.
Não foi nada, não foi nada:
podia ter sido amor.

David Mourão Ferreira, À Guitarra e à Viola
(1954-1960)



publicado por omeuinstante às 17:21 | link do post

Vygotsky ensinou que uma palavra que não representa uma ideia é uma coisa morta, da mesma forma que uma ideia não incorporada em palavras não passa de uma sombra.

Os estudos científicos desenvolvidos pela Universidade de Berkeley, publicados na revista científica PLoS Biology, continuam a destapar a roupagem interna da palavra . Mais um passo para a compreensão de que o sentido das palavras é simultaneamente pensamento e linguagem. 

 

Aqui.




publicado por omeuinstante às 12:00 | link do post

Todos os homens têm medo. Quem não tem medo não é normal; isso nada tem a ver com a coragem.
Sartre



publicado por omeuinstante às 10:20 | link do post

Domingo, 5 de Fevereiro de 2012

...No fim tu hás- de ver que as coisas mais leves são as únicas que o vento não conseguiu levar: um estribilho antigo, um carinho no momento preciso, o folhear de um livro de poemas, o cheiro que tinha um dia o próprio vento...

 Mário Quintana



publicado por omeuinstante às 17:20 | link do post

 

A cultura é a soma de todas as formas de arte, amor e pensamento que, ao longo dos séculos, permitiram ao homem ser menos escravizado.

 

Malraux


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publicado por omeuinstante às 16:50 | link do post

Sábado, 4 de Fevereiro de 2012

E porque não minto

sou um labirinto.

 José Ferreira Gomes



publicado por omeuinstante às 09:00 | link do post

Sexta-feira, 3 de Fevereiro de 2012


publicado por omeuinstante às 23:24 | link do post

Liberdade 

é também vontade.

Benditas roseiras

que em vez de rosa

dão nuvens e bandeiras.

 

José Gomes Ferreira, Poesia III, Portugália, p. 111 



publicado por omeuinstante às 13:53 | link do post

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Sem a música, a vida seria um erro. Nietzsche
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