Quarta-feira, 3 de Outubro de 2012

Depois de me instalar em Bouvillehospedagem de site gratis html constato, nos gestos dos seres com quem me cruzo, a razão de ser das palvras de Antoine Roquentin:
 as coisas são inteiramente o que parecem - e por trás delas...não há nada.



publicado por omeuinstante às 20:13 | link do post

Terça-feira, 2 de Outubro de 2012

Existir. É tudo o que me pode acontecer. Contingência absoluta. Sem razão, o Nada. Porque hoje é um dia qualquer. Mas, e não por fraqueza, bom, para visitar  Bouville.



publicado por omeuinstante às 14:33 | link do post

Segunda-feira, 1 de Outubro de 2012

O Núcleo de Filosofia e Cinema passou o filme Água (2005) da realizadora Deepa Mehta. A fita é um olhar impressionante sobre as condições de vida das viúvas hindus.

Na Índia do século passado, a tradição ditava que as mulheres viúvas, ainda que sejam crianças de oito anos, vivessem invisíveis na sociedade, sem referências familiares e sociais. Apesar disso, as mais jovens, e para assegurar a sobrevivência de todas, prostituem-se sob o olhar silencioso mas cúmplice da sociedade. No corpo e na alma destas mulheres o desespero é o pecado vivido na solidão da fé. Depois de Fogo (1996) e de Terra (1998) só a água é redentora e mediadora do exercício de esquecimento absoluto.
Do princípio ao fim, o filme coloca de forma persistente a questão do horizonte de sentido e do absurdo de existir.

Ghandi está presente em cada instante. As suas ideias abrem brechas nos costumes, desafiando a reivindicação de um pensamento autónomo relativamente à religião.
Um filme de planos belos e sensíveis. Imperdível.




 



publicado por omeuinstante às 20:36 | link do post

Chegámos a um ponto perigoso: damos como relativamente normal que o extravagante, o bizarro, o esdrúxulo e o grotesco entrem no nosso quotidiano e se tornem dominantes. No âmbito do excêntrico, o ministério da Educação é um arquétipo.


Aqui, artigo completo.

 



publicado por omeuinstante às 19:40 | link do post

Tempo — definição da angústia. 

Pudesse ao menos eu agrilhoar-te 
Ao coração pulsátil dum poema! 
Era o devir eterno em harmonia. 
Mas foges das vogais, como a frescura 
Da tinta com que escrevo. 
Fica apenas a tua negra sombra: 
— O passado, 
Amargura maior, fotografada. 

Tempo... 
E não haver nada, 
Ninguém, 
Uma alma penada 
Que estrangule a ampulheta duma vez! 

Que realize o crime e a perfeição 
De cortar aquele fio movediço 
De areia 
Que nenhum tecelão 
É capaz de tecer na sua teia! 

Miguel Torga, Cântico do Homem



publicado por omeuinstante às 10:11 | link do post

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Sem a música, a vida seria um erro. Nietzsche
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