Ontem, por volta das 23 horas, lembrei-me de Saramago.
As palavras são boas. As palavras são más. As palavras ofendem. As palavras pedem desculpas. As palavras queimam. As palavras acariciam. As palavras são dadas, trocadas, oferecidas, vendidas e inventadas. As palavras estão ausentes. (...) As palavras aconselham, sugerem, insinuam, ordenam, impõem, segregam, eliminam. São melífluas ou azedas. (...) Há muitas palavras.(...)
A morte faz-me sempre recuar no tempo. E lembrei-me de outro prémio Nobel da Literatura, Ernest Hemingway. Peguei na velha edição "livros do Brasil". Numa espécie de introdução à obra pode ler-se:
(...) A morte de qualquer homem diminui-me, porque sou parte do género humano. E por isso não perguntes por quem os sinos dobram; eles dobram por ti.
Hoje é por ti, José Saramago.
sophia de mello breyner andresen