Ítaca. Um percurso de fragmentos íntimos e ínfimos de nós, revelando que a felicidade não existe alhures.
Rumos que mostram que no fim, em cada viagem, há sempre uma porta. A da própria errância; a do saber.
(...)
Como Ulisses ninguém volta ao que perdeu
Como Ulisses não serás reconhecido.
Não vale a pena suportar tanto castigo.
Procuras Ítaca. Mas só há esse procurar.
Onde quer que te encontres estás contigo
dentro de ti em casa na distância
onde quer que procures há outro mar
Ítaca é a tua própria errância.
Manuel Alegre, Obra Poética, Publicações D. Quixote, pág. 832
sophia de mello breyner andresen