Quinta-feira, 26 de Abril de 2012
O rei D. Manuel ordena em 1497 a extinção e a proibição do judaísmo. As sinagogas foram fechadas e tornadas templos cristãos. Tempos de ventos ideologicamente repressores e violentos. O cronista Garcia de Resende, contemporâneo destes acontecimentos de terror inquisitorial, descreve-os assim:
Os judeus vi cá tornados
todos num tempo cristãos
os Mouros então lançados
fora do reino passados
e o reino sem pagão;
vimos synagogas mezquitas
em que sempre eram ditas
e pregadas heresias,
tornados em nossos dias
Igrejas santas benditas.
Adaptação a partir do livro de Elias Lipiner, Terror e Linguagem.
De
Manuel a 27 de Abril de 2012 às 00:51
"O mal é fácil.E é fácil também a adulação do mal. Os seres humanos sempre se vergaram perante os predominadores, os que fazem razias, os conquistadores." Francesco Alberoni - in "Público & Privado"
De Anónimo a 28 de Abril de 2012 às 10:40
Algo imposto de fora (também) nesse tempo. Foi Espanha quem pôs a expulsão dos judeus como condição para se celebrasse o casamento de D. Manuel com uma das três princesas castelhanas com quem casou ao longo da vida.
No reinado seguinte, D. João III, veio o tribunal do santo ofício para Portugal para atormentar os cristãos novos. Creio que aí começou a nossa desdita maior.
- Isabel X -
Comentar post