Quarta-feira, 28 de Novembro de 2012
A liberdade abstracta é uma servidão real.
De KB a 28 de Novembro de 2012 às 20:04
Nem mais.
De Isabel X a 29 de Novembro de 2012 às 14:43
Pois é.
Faz-me lembrar Miguel Portas que, naquele tempo antes de morrer, disse que ao longo da vida fora substiuindo las massas pelas pessoas concretas, uma por uma.
- Isabel X -
De Vasco tomás a 30 de Novembro de 2012 às 22:54
Se essa liberdade abstracta for a que figurar enunciada nas Constituições, mesmo assim ela é servidão real? Depende do modo como as forças sociais do princípio se apropriarem. A leitura da história feita por Marx afirmou que a liberdade serviu estrategicamente ao projecto de afirmação da burguesia, num primeiro momento, e depois serviu-a também no seu processo de ocultação da sua dominação de classe. Mas o que é certo é que essa formalidade tem um valor instrumental relativamente aos processos emancipatórios das classes ou dos grupo sociais. Se dela não se retirarem as consequências materiais que a justificaram historicamente, então ela é uma panaceia perigosa. É onde estamos hoje, dizem-nos de todos os lados que somos livres e nós deixamo-nos iludir... até que despertemos, inventando palavras, gestos, ações que imprimam mudanças nas vidas, na cultura e na sociedade...
De Isabel X a 4 de Dezembro de 2012 às 18:32
A questão continua a colocar-se de modo equivalente, parece-me.
Bem pode a liberdade estar contida na Constituição (o que já é importante, claro), mas se não for continuamente proclamada e praticada, deixa de ter efeito e torna-se letra morta.
- Isabel X -
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