Quinta-feira, 28 de Outubro de 2010

Enquanto existirem cafetarias, a ‘ideia de Europa’ terá conteúdo.


A Europa é feita de cafetarias, de cafés. Estes vão da cafetaria preferida de Pessoa, em Lisboa, aos cafés de Odessa frequentados pelos gangsters de Isaac Babel. Vão dos cafés de Copenhaga, onde Kierkegaard passava nos seus passeios concentrados, aos balcões de Palermo.
[…] Desenhe-se o mapa das cafetarias e obter-se-á um dos marcadores essenciais da `ideia de Europa´.

 


George Steiner, Uma Ideia de Europa, Tradução de Maria de Fátima Aubyn, Gradiva, 2007, p 26



publicado por omeuinstante às 14:31 | link do post

9 comentários:
De Manuel Pinho a 28 de Outubro de 2010 às 19:05
A história das cidades ( e da sua gente) passa por aí, sim.


De António Prole a 28 de Outubro de 2010 às 20:29
....... todos nós sabemos onde se localizam as cafetarias dos Saramagos e dos Lobo Antunes ...... o não-mapa das cafetarias é um dos marcadores essenciais da não-ideia de Europa ..... (antonius)


De Anónimo a 28 de Outubro de 2010 às 21:10
Comentário apagado.


De António Prole a 28 de Outubro de 2010 às 22:39
...... steiner já me conhecia quando eu nasci ...... pertencia à mesma comunidade: judeus usurários do conhecimento ...... o professor ...... o Mestre ...... como figura de referência ....... e a questão da contradição fundamental: a derrota da alta cultura ....... do clacissismo ético ..... não gosto da palavra humanismo ..... face à barbárie ...... não se limitaram a ser cúmplices ...... foram activamente bárbaros ..... heidegger .....


De Anónimo a 28 de Outubro de 2010 às 22:56
Comentário apagado.


De António Prole a 28 de Outubro de 2010 às 23:36
...... engana-se ..... nestas troca de ideias a expressão engana-se não tem lugar ...... conheço bem quer um quer outro ..... o percurso de heidegger não deixa dúvidas ..... as poucas que existiam ficaram devidamente documentadas nos inícios de oitenta ...... heidegger ..... o último a ter uma concepção sistémica da filosofia ..... aquele que ainda hoje é o filósofo mais citado ..... que tinha entre a elite dos seus alunos uma maioria de judeus .... aderiu ao nazismo e guindou-se aos mais altos cargos académicos ..... "filosofava" a menos de 1 Km de um campo de concentração ..... e pelos vistos amou a judia Arendt ........ leia um livrinho de steiner sobre a barbárie e a cultura ...... o holocausto não foi um incidente de um virar da esquina da história ..... colocou em questão o ser do ente ..... em palavreado heideggeriano ...... que steiner admira heidegger ..... isso é verdade ...... heidegger é fascinante ...... no ano em que o chileno publicou o livro com as provas documentais da ligação orgânica de heidegger ao nazismo resolvi fazer um trabalho tendo como base um livrito dele intitulado Acerca da Verdade para o Barata-Moura ....... durante dez anos andei com a questão do tempo em heidegger às costas ........ agora tenho a filosofia encaixotada numa garagem ...... coitadita ......


De Anónimo a 29 de Outubro de 2010 às 00:14
Comentário apagado.


De António Prole a 29 de Outubro de 2010 às 00:54
...... se sou assim tão fracote o melhor é retirar-me de fininho ...... sou amador em tudo o que faço ...... adoro a palavra amador ......... adoro ser pago ....... de qualquer jeito ....... para fazer actividades que não servem rigorosamente para nada ...... também gosto de ser divulgador ....... facilitador ...... deixo o resto para quem mais sabe ...... é verdade que encaixotei a filosofia já lá vão uns anos ...... como ainda recentemente me divorciei de um dos grandes amores da minha vida ...... " Acontece que a pele onde melhor me sinto é a de divulgador (...). O papel de divulgador sempre foi secundarizado pelo mundo académico e científico e atacado pela sua falta de rigor conceptual. É verdade que uma das funções do divulgador é tornar acessível a um universo mais alargado de pessoas arquitecturas conceptuais herméticas tendo em vista a sua compreensão e a possibilidade de actualização no terreno dos desenvolvimentos teóricos, mas o divulgador é também um fazedor de novas intertextualidades, colocando em diálogo linhas de investigação diferentes: literatura e leitura, liberto que está das amarras da especialização e da fragmentação do conhecimento." (Prole, António "Formar Leitores para Ler o Mundo", Ed. FCG, julho 2010)

o meu patamar é este. acho que o seu blog tem muita qualidade. não sou flor de estufa. gostava de continuar a participar. mas apelidar-me de básico. convenhamos...


De KB a 29 de Outubro de 2010 às 01:06
Fracote? Não li isso por aqui.


De Cláudia S. Tomazi Brasil - SC a 29 de Outubro de 2010 às 16:55
Minhas considerações ao Sr. Antônio Prole, intelectual dos mais pautados, em nível internacional, responde por desenvolvimentos e projetos para dinâmicas de leitura e literatura. Um dos poucos que consegue alocar uma linguagem universal para este propósito.

Sr. Antônio Prole, apenas gostaria de ressaltar como natural alguma dificuldade, mas, é sempre importante vossa apreciação, sobre os temas.


De Anónimo a 25 de Outubro de 2011 às 17:53
idiota sem noçao ....nao sabe pensar antas de escrever um comentario?


De evelyn a 25 de Outubro de 2011 às 17:52
legal destaca a arte classicista...~...


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