Sexta-feira, 26.04.13

 


Em O Amigo, Agamben apresenta-nos o heteros autos como alteridade imanente na mesmidade e define a amizade nos limites da con-partilha. Não há na amizade nenhuma relação entre sujeitos: é o próprio ser que é dividido, que não é idêntico a si, e o eu e o amigo são as duas faces - ou antes os dois pólos - desta con-partilha. Tendo como pré-texto um trecho da Ética Nicomaqueia de Aristóteles e depois de termos sido convidados a fazer a leitura em conjunto, Agamben discursa sobre a relação humana da amizade e sobre as bases ontológicas e políticas em que se auto-sustenta.


A amizade é a instância desse con-sentimento da existência do amigo no sentimento da sua própria existência.





publicado por omeuinstante às 20:09 | link do post

Sexta-feira, 29.03.13

Entrevista com Giorgio Agamben

 

 

 Aqui



publicado por omeuinstante às 12:19 | link do post

Sexta-feira, 30.07.10

Agamben é um pensador instigante.

Obriga o pensamento a curvar-se até às raízes para encontrar os sentidos da palavra guardados em segredo.

Estica as palavras, por inclusão ou exclusão, mas sempre por excesso.

Nudez é um conjunto de ensaios sobre a contemporaneidade - nua - onde os conceitos de belo, festa, ócio, lúdico, vão sendo cerzidos por uma escrita que viaja entre a metafísica (pós-metafísica) e os costumes.

Aqui o homem é reduzido à sua autenticidade, à sua vida nua;  e o instante é soberano.

 

Por detrás da veste de graça pressuposta, nada há e a nudez é precisamente este nada ter por detrás de si, este ser pura visibilidade e presença.

Giorgio Agamben, Nudez, Relógio D´Água

 

 

 



publicado por omeuinstante às 20:00 | link do post

Quarta-feira, 28.07.10

Em toda a lamentação, o que se lamenta é a linguagem, assim como todo o louvor é, antes de mais, louvor do nome. Estes são os extremos que definem o âmbito e a vigência da língua humana, e o seu modo de se referir às coisas. Aí, onde a natureza se sente atraiçoada pela significação, começa a lamentação; onde o nome diz perfeitamente a coisa, a linguagem culmina no canto de louvor, na santificação do nome.

Giorgio Agamben, A Comunidade que Vem, Presença, 1993, tradução de António Guerreiro, pp 48.


Agamben convida-nos a fazer parte de uma comunidade sem pressupostos, sem reivindicações identitárias e formada por singularidades - um ser qualquer -  onde se escape à alienação da linguagem.

Aqui, as palavras não são levadas a um estado de esgotamento através da sua "declinação"; não morrem de fadiga.

Na comunidade que vem, resiste-se ao fascínio de proferir o que quer que seja de maneira absoluta; o ser é o ser-assim; perfeitamente comum.





publicado por omeuinstante às 18:40 | link do post

443245.jpeg
Sem a música, a vida seria um erro. Nietzsche
links
posts recentes

O Amigo - Agamben

Deus não morreu. Ele torn...

Nudez

Pseudonímia

Junho 2020
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3
4
5
6

7
8
9
10
11
12
13

14
15
16
17
18
19
20

21
22
23
24
25
26

28
29
30


tags

arte

cinema

david mourão-ferreira

educação

estética

eugénio de andrade

fernando pessoa

filosofia

fragmentos

leituras

literatura

livros

miguel torga

música

noctua

pintura

poesia

política

quotidiano

sophia de mello breyner andresen

todas as tags

arquivos

Junho 2020

Maio 2020

Junho 2019

Junho 2018

Maio 2018

Abril 2018

Março 2018

Janeiro 2018

Outubro 2017

Maio 2017

Abril 2017

Março 2017

Dezembro 2016

Novembro 2016

Junho 2016

Maio 2016

Abril 2016

Março 2016

Fevereiro 2016

Janeiro 2016

Dezembro 2015

Outubro 2015

Setembro 2015

Agosto 2015

Julho 2015

Junho 2015

Março 2015

Fevereiro 2015

Janeiro 2015

Novembro 2014

Outubro 2014

Setembro 2014

Agosto 2014

Julho 2014

Junho 2014

Maio 2014

Abril 2014

Março 2014

Fevereiro 2014

Janeiro 2014

Dezembro 2013

Novembro 2013

Outubro 2013

Setembro 2013

Agosto 2013

Julho 2013

Junho 2013

Maio 2013

Abril 2013

Março 2013

Fevereiro 2013

Janeiro 2013

Dezembro 2012

Novembro 2012

Outubro 2012

Setembro 2012

Agosto 2012

Julho 2012

Junho 2012

Maio 2012

Abril 2012

Março 2012

Fevereiro 2012

Janeiro 2012

Dezembro 2011

Novembro 2011

Outubro 2011

Setembro 2011

Agosto 2011

Julho 2011

Junho 2011

Maio 2011

Abril 2011

Março 2011

Fevereiro 2011

Janeiro 2011

Dezembro 2010

Novembro 2010

Outubro 2010

Setembro 2010

Agosto 2010

Julho 2010

Junho 2010

blogs SAPO