Há uma nova tendência terapêutica e social a proliferar pelo mundo que se chama Fazer Nada. Consiste, na sua forma mais suave, em relaxar, respirar lentamente, e esvaziar a cabeça pelo menos cinco minutos por dia.
A literatura dá-nos exemplos de inúmeras personagens cujo comportamento tem nota similar a este fenómeno; interessante, diga-se.
Através da leitura do artigo de hoje no P2, recordamos o escrivão Bartleby de Herman Melville. Este personagem criava espaços vazios no seu quotidiano, e respondia insistentemente ao seu patrão quando este lhe ordenava fazer algo- preferia não o fazer.
Não é uma atitude de preguiça. Não é procrastinação. São belos instantes brancos!
sophia de mello breyner andresen