Gosto assim da Foz. Envolvida pela bruma, gera obscuridade nos rostos; obriga o olhar a dobrar-se sobre si mesmo para alcançar o lugar.
Mas, sim, estava um pouco lúgubre.
Hoje que a tarde é calma e o céu tranquilo,
E a noite chega sem que eu saiba bem,
Quero considerar-me e ver aquilo
Que sou, e o que sou o que é que tem.
(...)
1-8-1935
Fernando Pessoa
sophia de mello breyner andresen