Quinta-feira, 28.11.13

 

Novo ensaio de José Gil. Ainda não o li, mas disseram-me hoje que é um texto excelente sobre os enigmas da heteronímia pessoana. 

 

«Uma vez admitida a noção de “vida heteronímica”, trata-se então de explorar todo um campo que até agora mereceu pouca atenção. Múltiplas questões nascem, cuja sondagem se revela pertinente para a compreensão de tal e tal heterónimo. Por exemplo, porque é que Fernando Pessoa faz morrer Caeiro e mais nenhum heterónimo? Ou: como caracterizar o corpo de Caeiro a que o poeta neopagão se refere constantemente? A estas perguntas, os dois primeiros ensaios deste livro procuram responder. Mas inúmeras outras pedem resposta: porque é que Álvaro de Campos interfere na relação amorosa de Fernando Pessoa e Ofélia (quando nenhuma relação desse tipo se vislumbra na obra do engenheiro naval)? Porque é que o patrão Vasques se destaca no deserto da paisagem humana do Livro do Desassossego? (…)
Este conjunto de textos divide-se em duas partes: na primeira, explora-se uma ínfima área da “vida heteronímica” formada por “acontecimentos e elementos” reais dessa vida, no caso exclusivo de Alberto Caeiro. Na segunda parte, o campo analisado remete para os mecanismos de construção da “subjectividade” heteronímica (estendendo-a ao teatro); e para o mapa — a traçar, em toda a sua complexidade — dos afectos que atravessam o Livro do Desassossego e o corpo de Bernardo Soares.» [Da Nota Prévia]

RELÓGIO D'ÁGUA 

 





publicado por omeuinstante às 00:15 | link do post

Domingo, 08.07.12

 

Em Portugal nada acontece, "não há drama, tudo é intriga e trama", escreveu alguém num graffiti ao longo da parede de uma escadaria de Santa Catarina que desce para o elevador da Bica. Nada acontece, quer dizer, nada se inscreve-na história ou na existência individual, na vida social ou no plano artístico.

Relógio D`Água, pág. 15 

 



publicado por omeuinstante às 17:13 | link do post

Terça-feira, 24.04.12

 

Contribuir para que passe o vento de um pensamento diferente.

José Gil 



publicado por omeuinstante às 22:19 | link do post

Sábado, 08.01.11


Ou como vencer o tédio pelo amor. Com ajuda de José Gil.

 

Glória ou como Penélope Morreu de Tédio


 




publicado por omeuinstante às 13:45 | link do post

Sábado, 18.09.10

As dificuldades que qualquer discurso sobre o corpo tem de enfrentar.

 

Qualquer discurso sobre o corpo parece ter de enfrentar uma resistência. Ela provém certamente da própria natureza da linguagem: como para a morte ou para o tempo, a linguagem esquiva-se à intenção de definir: cada definição permanece um ponto de vista parcial, determinado por um domínio epistemológico ou cultural particular.(...)

Parece no entanto que a verdadeira dificuldade se encontra noutro lado. Manifesta-se na profusão, não das significações do corpo, mas do emprego metafórico deste termo. Ele está em todo o lado, tudo forma um corpo (...). A esta docilidade da linguagem equivale uma violência real exercida sobre o corpo: quanto mais sobre ele se fala, menos ele existe por si próprio.

José Gil, Metamorfoses do Corpo, A Regra do Jogo, 1980, p. 7



publicado por omeuinstante às 21:19 | link do post

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Sem a música, a vida seria um erro. Nietzsche
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