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2
Recordar não tem conteúdo vivencial.
(...)
3
Seria possível pensar a seguinte situação:uma pessoa recorda-se, pela primeira vez na
sua vida, duma casa e diz "Agora já sei o que é recordar, o que é que recordar me faz".
- "Como é que ela sabe que este sentimento é"recordar"? Compara: "agora já sei o que é
ser-se picado (acabava de receber pela primeira vez um choque eléctrico).
- Sabe ela que esta sensação é recordar, por ter sido provocada pelo passado?
E como é que ela sabe o que é o passado? O homem aprende o conceito de passado ao recordar.
(...)
L. Wittgenstein, Investigações Filosóficas, F. C. Gulbenkian, p. 609
Falar uma língua é uma forma de vida.
Wittgenstein
A linguagem não exprime tudo. Tem limites como o entendimento humano.
Acerca daquilo de que se não pode falar, tem que se ficar em silêncio.
Wittgenstein, Ludwig. Tratado lógico - Filosófico / Investigações Filosóficas, Fundação Calouste Gulbenkian, Tradução e Prefácio de M.S. Lourenço, 2ª edição revista, 1995, pág 142.
sophia de mello breyner andresen